A maioria das fraudes atinge contas PJ e utiliza o PIX
O Pix lidera o ranking com maior número de fraudes financeiras no ano passado, seguido do cartão de crédito e boleto. A conclusão é de um levantamento feito pelo Asaas, instituição financeira e conta digital para empresas, que analisou mais de 141 milhões de transações de seus clientes, totalizando uma movimentação acima de R$ 21 bilhões.
Do total de 530.776 transações fraudulentas, 376.794 (71%) foram por meio de Pix. Outras 78.766 (15%) aconteceram no cartão de crédito, enquanto 75.216 (14%) foram via boleto.
Além disso, a pesquisa também apontou que a maioria das transações fraudulentas, 61%, foi realizada por contas de pessoas jurídicas. Outras 38% das movimentações fraudulentas vieram de contas de pessoas físicas. De acordo com a empresa, isso pode significar que os criminosos estejam utilizando contas de pessoa física por ser mais fácil adaptá-las como contas laranjas.
“Os resultados mostram claramente a evolução das táticas fraudulentas e a importância de estarmos aprimorando constantemente nossos sistemas de segurança”, diz Manoela Gieseler, diretora de Operações do Asaas.
Outro dado revelado é que a região Sudeste do país ficou à frente com mais de 300 mil atividades fraudulentas, seguida do Nordeste com mais de 104 mil.
Já no que se refere a ticket médio das fraudes, quem ocupa o primeiro lugar é a região Norte com R$ 1.208, seguida do Nordeste com R$ 1.010 e finalizando com a Sul com R$ 1.021.
Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro encabeçam a lista de fraudes. No primeiro, foram 215.028 transações fraudulentas no ano passado, com ticket médio de R$ 935,63. Já no Rio de Janeiro, houve um total de 38.844 transações fraudulentas, com ticket médio de R$ 2.093,44.
A pesquisa mostrou ainda que alimentos e bebidas, eletrônicos e informática, roupas, calçados e vestuário são os itens mais visados pelos fraudadores que agem, principalmente, no período da tarde (42,4% das transações). Em seguida, o período preferido pelos fraudadores é a manhã (30,7%), noite (15,3%) e madrugada (11,6%).
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/