Encontro Abrasel: como Alagoas se tornou uma das referências em gastronomia no país
O evento, que acontece entre os dias 29 e 31 de março, traz em sua programação 17 palestras e oficinas sobre temas como marketing, delivery, gestão de pessoas, estoque, financeiro, gestão de negócios e gastronomia.
Entre os próximos dias 29 e 31 de março, Maceió receberá consultores, chefs, executivos e proprietários de bares e restaurantes de todo o país para o 36º Enconcontro Nacional da Abrasel, que representa mais de 1 200 estabelecimentos.
O evento, que será realizado no Ritz Lagoa da Anta, traz em sua programação 17 palestras e oficinas sobre temas como marketing, delivery, gestão de pessoas, estoque, financeiro, gestão de negócios e gastronomia.
“O encontro em Maceió será o primeiro grande evento de reflexão e troca de conhecimento do setor após a pandemia”, diz o mineiro Paulo Solmucci, presidente da Abrasel Nacional. “Com a expansão, por exemplo, dos serviços de delivery e do chamado take away (pegue e leve), a gestão e o marketing dos bares e restaurantes se tornou ainda mais desafiadora e um encontro como esse é essencial para o setor”.
Esta é a segunda vez que Maceió vai sediar o encontro nacional da Abrasel. Como você vê a evolução do setor no Estado nos últimos anos?
Conheço Alagoas desde os 19 anos e o que aconteceu desde então no Estado foi uma grande mudança. Maceió, claro, sempre atraiu turistas do país inteiro por suas belezas e praias maravilhosas. Mas, comparativamente a outros Estados, não chegava a despertar atenção nacional como centro cultural e gastronômico. E isso mudou completamente.
Posso dizer, sem exagero, que Alagoas se tornou uma das referências nacionais em gastronomia, o que não é fácil de se alcançar quando se tem que disputar com Estados com um número bem maior de estabelecimentos como São Paulo, Rio, para citar apenas alguns dos maiores no Sudeste.
E o mais importante é que essa mudança de patamar em Alagoas foi construída com o trabalho duro de empreendedores que se articularam para fortalecer ainda mais o setor, como ficou claro durante a pandemia, um dos momentos mais críticos da nossa história.
As lideranças da Abrasel em Alagoas têm se destacado por seu papel no Estado por meio de gestores jovens como Brandão Jr., presidente da Abrasel em Alagoas, sócio do grupo Maikai/Anamá, e Thiago Falcão, ex-presidente da Abrasel em Alagoas. Por tudo isso, estamos extremamente felizes em realizar novamente em Maceió nosso encontro que será, não tenho dúvidas, um dos mais importantes desde a pandemia que acelerou mudanças e trouxe desafios ainda mais complexos para o setor.
Que desafios são esses?
Antes da pandemia, como se sabe, serviços como delivery representavam um valor marginal para mais de 80% dos estabelecimentos, serviço quase sempre identificado apenas como de pizzarias, comida chinesa e sanduíches.
E assim como o delivery, o chamado take away, o popular pegue e leve, também se tornou um serviço muito importante dos negócios. Todas essas mudanças aumentaram de forma brutal a complexidade da gestão de um negócio que já era complexo.
Se antes o dono de um restaurante podia monitorar a satisfação dos seus clientes diretamente no salão do seu estabelecimento, ele hoje precisa fazer a gestão simultânea de vários canais. Hoje, a experiência do cliente é múltipla, começa com o cardápio digital, passa pela experiência de ir ao restaurante, pelo ranqueamento da casa digitalmente.
E administrar todos esses canais exige inovações na tecnologia, no marketing, enfim, uma mudança na gestão que a tornou o desafio ainda maior. E é por isso que esse encontro em Maceió é tão importante.
Ele será, de certa forma, uma espécie de freio de arrumação para repensarmos esse momento, compartilharmos experiências e aprendermos com grandes palestrantes e especialistas que podem nos ajudar a enfrentar melhor esses desafios. Mas acredito que o segmento, até pelo que passou na pandemia, está mais preparado para enfrentar essas mudanças.
A pandemia, então, tornou o segmento mais produtivo…
Durante a pandemia, que penalizou desproporcionalmente nosso setor, todos foram obrigados a rever ainda mais os custos, avaliar em detalhes a produtividade do negócio. Enfim, quem sobreviveu precisou contar com uma estrutura muito mais enxuta e produtiva, até para não repassar diretamente o aumento de custos aos clientes.
Enquanto a inflação em fevereiro, por exemplo, foi de quase 1%, a inflação do setor de alimentação fora do lar ficou bem abaixo (o reajuste foi de 0,57% em refeições e 0,09% em lanches). Ou seja: apesar do aumento dos custos, nosso setor fez sua parte tentando segurar ao máximo o repasse dos custos ao cliente.
Mas isso tem um limite e esse é um tema que também nos preocupa. Nosso setor, afinal, tem um impacto direto sobre uma cadeia enorme, do varejo local ao turismo. Além de ser um dos maiores geradores de empregos, bares e restaurantes são essenciais para impulsionar toda uma cadeia de fornecedores, de mercados públicos locais às grandes redes de varejo.
E no caso de Alagoas, como vocês bem sabem, os empreendedores da gastronomia ajudaram a elevar o turismo do Estado a um novo patamar.
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Fonte: Agenda a